quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Da minha janela...



Da minha janela...
Da minha janela já vi de tudo,
Coisas que quero esquecer,
Outras que vou lembrar para sempre,
Muitas me fizeram sofrer,
Outras me alegraram...
E tantas me chocaram...

Da minha janela vi muito sexo,
E pouco amor,
Também a desilusão e a dor...
Vi a morte e o nascimento...
Vi o poente e o amanhecer,
E muitas gentes renascer...

Da minha janela, vi esperanças...
Olhares inocentes... Lágrimas, corrupções,
Misérias e doenças...
Guerras e paz, gente morta...
Quem ainda não viveu, e já morreu...
Vi lápides, romarias do divino...

Da minha janela vi as flores morrerem,
Florestas se queimarem... A terra tremer...
Fumaças poluições... lavas de vulcões,
Enchentes, pessoas que ficaram na mão...
Vi tudo pegando fogo, o fim do mundo...
Vi a glorificação, e outro mundo reaparecendo...

Da minha janela fiquei observando,
Tudo acontecendo. Então compreendi,
Que somos os réus, que um dia fomos julgados,
E que aqui fomos deixados
Porque somos condenados...
Cláudio Domingos Borges

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