sábado, 18 de novembro de 2017

Ópera da vida


Ópera da vida
Som profundo,
lamento,
murmúrio lento,
violinos a chorar...

Seus olhos se emocionarem
como duas estrelas a brilharem...

Ouvi a voz mais pura,
mais límpida
sair dos altares...
As notas se elevarem,
ao íntimo de Deus,
os anjos louvarem,
em hinos cantares...

Ouvi toda
orquestra sinfônica,
a maior filarmônica,
transformar em cantos,
os gritos, os gemidos, a dor,
o amor, os sentimentos contidos,
nos labirintos perdidos...

Ouvi todas as chamadas,
das mil e uma noites,
das difamadas,
de todas as camadas,
das pessoas amadas e desprezadas...

Ouvi, vi cantos em versos,
curando as feridas,
vindos do universos,
a mais bela e a maior
composição da ópera da vida,
Cláudio Domingos Borges

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