sábado, 6 de junho de 2020

O despertar...


O despertar...
Nesse inverno de imputas intenções,
Onde você me dilacera minha alma
Em plenas alvas de madrugadas...
Na calma sutil no horizonte azul,
O céu a lua alveja cintilantes estrelas,
Nuns descompassos sonos de ilusões,
Um pesadelo me deixa acordado,
Impotente na paralisia do sono.
Trovejam os sons recônditos das saudades,
No plano do universo navegam nos mares,
No cosmo da vida em naves despidas,
Um frêmito de desejo castiga, instigam,
É você que peleja com sua desordem
Desvairadas sem medida despida,
Pune ainda mais minhas feridas...
Com a cruz insana pelejando cada passo,
Num compasso lento e doloroso,
Nessa via indefinida, onde o despertar
Seria uma saída, ressurgindo para nova vida...
Cláudio Domingos Borges

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