O mendigo
Sem eira nem beira,
sem pé e sem cabeça,
sem preceitos,
nenhuma luz o orientava,
nada o determinava.
Assim vivia o mendigo,
nunca sabia onde estava,
os instintos o guiava...
Estava perdido...
Até que uma arma
apontada para ele
atirava, um dois três, quatro
cinco seis vezes...
Não tinha noção,
o que é, do que fora,
e o que será...
Tudo estava ainda mais escuro
se acabando o fim...
E uma viagem começa,
engolido por um túnel
que parecia não ter fim...
Abre os olhos por acaso,
vê uma imagem branca.
Agora recorda,
estou nascendo, recomeçando...
Cláudio Domingos Borges
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