sábado, 29 de dezembro de 2012

Atrás das paredes...




Atrás das
paredes...

Atrás das paredes,
insano
tenta recordar.
Sabe que já amou,
única coisa que pode lhe acordar...

Paredes sem portas sem janelas.
Há se pudesse ouvir,
se houvesse um facho de luz,
se apenas um filete?
Poderia mostrar uma saída...

Alguma coisa que libertasse,
atrás das paredes imundas.
A mesma pergunta,
por quê?

Fantasmas que o assombram,
sangue em suas mãos,
vive um pesadelo,
e não sabe como despertar...
(que paredes são essas)

Que cheiro?
funesto, fúnebre, morte.
Que sentimento é esse (pura maldição)

Aquele pouco que amou uma gota
por um momento lhe
serviu,
uma pequena fenda se abriu,
alguém lhe ouviu,
começou a sua mudança...

Atrás das paredes,
Já vislumbrava uma pequena luz.
Estava despertando...

Cláudio Domingos Borges

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