Ego prisioneiro
Passos perdidos,
tristeza no olhar.
Névoas no caminho,
sem se encontrar, enxergar...
Obscuridade,
tropeços da alma que cai,
nas armadilhas das paixões...
Tumulto mental, o que pensar,
aspecto cadavérico,
cheiro putrefato.
A rosa da morte...
Um abismo que cobre,
a rosa negra aproxima,
o tumulo se abre,
o gélido ataúde o espera...
E as lembranças vêm,
na ultima hora.
O filme da despedida.
O silencio chega.
O mistério da morte,
e a rosa negra nas mãos...
E agora está paralisado,
uma sombra o agarra, o amarra,
horrorizado, se vê prisioneiro,
para um abismo sem fundo foi levado,
e assim vai caindo, caindo...
nas profundezas do ego...
Cláudio Domingos Borges
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