quarta-feira, 19 de março de 2014

Ego prisioneiro

Ego prisioneiro

Passos perdidos,
tristeza no olhar.
Névoas no caminho,
sem se encontrar, enxergar...

Obscuridade,
tropeços da alma que cai,
nas armadilhas das paixões...
Tumulto mental, o que pensar,
aspecto cadavérico,
cheiro putrefato.
A rosa da morte...

Um abismo que cobre,
a rosa negra aproxima,
o tumulo se abre,
o gélido ataúde o espera...

E as lembranças vêm,
na ultima hora.
O filme da despedida.
O silencio chega.
O mistério da morte,
e a rosa negra nas mãos...

E agora está paralisado,
uma sombra o agarra, o amarra,
horrorizado, se vê prisioneiro,
para um abismo sem fundo foi levado,
e assim vai caindo, caindo...
nas profundezas do ego...
Cláudio Domingos Borges

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